Associação VIVA Brasil distribui cestas básicas e kits paradidáticos no bairro da Ramadinha, em Campina Grande

“Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos
irmãos, a mim o fizestes.” (Mateus 25:40)

A alegria e a esperança se fizeram presentes em mais um Dia de Solidariedade promovido neste sábado (20), na bairro da Ramadinha, em Campina Grande. Na ocasião, os beneficiários, além de receberem as já tradicionais cestas básicas, dessa vez, também foram assistidos com material paradidático, garantindo a alegria da criançada e reforçando as práticas educacionais mesmo durante o isolamento social. 

Em decorrência do isolamento social, é possível perceber que, não só os adultos, como crianças e adolescentes se encontram cada vez mais ansiosos e angustiados. A entrega do kit paradidático surge como uma estratégia para amenizar esses impactos do isolamento na rotina dessas crianças, pois proporciona, através de atividades lúdicas, possíveis “saídas” para esse momento, uma vez que, atividades como essas podem levar prazer e satisfação ao sujeito.

Como sabemos, a pandemia de Covid-19 vem trazendo grandes impactos para a sociedade, escancarando problemas vividos nas comunidades e intensificando a desigualdade social. A população mais carente é a que mais sente os impactos da doença. Por outro lado, a pandemia aflorou, em grande parte das pessoas, a sensibilidade com relação à desigualdade socioeconômica e ao direito de todo ser humano à saúde e ao bem-estar.

Dona Margarida Barbosa, 64 anos, moradora da Ramadinha, tem no VIVA um grande e importante aliado para enfrentar os desafios do atual cenário pandêmico. “Eu me sinto muito feliz, porque tem dia lá em casa que eu não tenho condição de fazer um gole de café. Eu vivo da reciclagem. Tem semana que arrumo alguma coisa pra comer, tem semana que não arrumo. Fico muito feliz, na semana que recebo essa cesta, eu fico de barriga cheia. Na semana que não tem nada, a gente vai orar e pedir a Deus pra ele mandar uma benção pra gente viver”, diz a senhora com um sorriso que nem a máscara consegue esconder.

A fala de Dona Margarida dói igual o vazio no estômago de quem tem fome. Quando questionada sobre as dificuldades trazidas pela pandemia, seus olhos enchem de lágrimas, silencia por um instante e o sorriso se vai dos seus olhos.

“Está muito mais difícil com essa situação. A gente sai a procura de arrumar reciclagem, mas tem semana que a gente não arruma nada, porque tem muita gente atrás de viver disso. Não posso ficar em casa. Medo eu tenho, mas a precisão é maior que o medo. Eu saindo aqui e acolá arrumo um trocado pra comprar um quilo de feijão, um quilo de açúcar, e assim a gente vai sobrevivendo. O VIVA está fazendo muita diferença na minha vida. Depois que apareceu essa bênção, as coisas estão melhorando”, quando finaliza sua fala, agradece mais uma vez, e segue seu rumo com a sacola de alimentos nos braços, se despedindo com um tímido aceno de cabeça.

No Dia Internacional da Felicidade, a alegria esteve presente nos mais diversos e pequenos detalhes, reforçando o compromisso da associação em fazer o bem pelo próximo usando de fé, empatia e amor. Nos dias atuais, mais do que nunca, cuidar da saúde do outro tornou-se uma prova de afeto, e pensando no bem estar dos integrantes e das pessoas da comunidade, durante toda a ação, a equipe da associação seguiu os protocolos de segurança sanitária necessários para evitar a disseminação do coronavírus.

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